Todos temos vários pensamentos ao longo do dia...
Mas nas "horas mortas", é quando dou comigo
a pensar...
E penso imensas coisas diferentes,
e sobre pessoas totalmente diferentes também,
comparo atitudes, gestos, olhares...
Tudo passa na minha mente como um filme,
e ou sorrio sem dar conta, ou fico
séria, dependendo sempre do "filme" que revejo...
Hoje dei comigo a pensar em mim,
e também enquanto mãe.
Tendo em conta que já não tenho pai nem mãe,
penso muitas vezes em como fui displicente
no meu quotidiano para com eles.
Não tinha tempo...
Tinha "muitos afazeres importantes"...
A carreira, as meninas, o marido, a casa e
eu mesma (sim, temos de ter tempo para nós)
tanta coisa para gerir, não é?
E havia aquele "tempito" para os pais,
uns telefonemas, uns dias juntos, o "normal"...
Não é nada normal!!!
Hoje, o tempo é tão fácil de gerir,
Meu Deus, como só agora percebo isso?
Sim, agora que eles já não existem,
para que lhes sorria, os afague, e diga
vezes sem conta, como são importantes...
Tarde não é???
E como mãe, o que sinto?
Que nem sempre há tempo para mim,
e eu tenho em contrapartida todo
o tempo do Mundo para lhes dar...
Sorri amargamente ao dar conta disso.
"Filho és, Pai serás..."
Deixo o meu alerta aos filhos
que ainda vão a tempo de aprender,
a gerir o tempo dos afectos.
Porque esse tempo é infinito,
quando o sabemos gerir.
2 comentários:
Quando me falaste no que escreveste e para eu ir ver, eu vi logo que me ía arrepiar... porque tu escreves com todo o teu ser e sentimento, e digo-te, este assunto ainda me toca muito e tocará para sempre... duma coisa eu tenho a certeza, para além de ter tido as minhas fases da idade, eu sempre fiz as coisas com cabeça, tronco e membros para com os meus pais (interiormente eu sei que fiz mais que meus irmãos, e digo-lhes isso na cara...e não tenho medo, porque tenho a consciência tranquila), sempre dei ao meu pai o meu apoio, já qd ele estava "doente", sempre lhe dei o meu ombro para se apoiar (e ele sabe disso, esteja ele onde estiver)...em relação à minha mãe...MÃE - isso é um assunto muito sério - porque ela sempre me deu apoio, sua compreensão, amizade, Amor ... (sinto falta), e eu também lhe dei isso tudo...e qd estava para lhe dar mais, foi qd ela partiu, mas (estava ela já quase de partida, mas ouvindo-me)ainda tive tempo de lhe dizer: "Mãe eu te Amo". Isto tb é um alerta para os filhos: Não tenham vergonha de dizer ao pai, à mãe o que lhes vai no coração. (Só tenho pena de não puder deixar cair neste texto a lágrima de saudade que me escorre pela cara, para embelezar esta mensagem).Obrigado Luísa.
Beta,
Agradeço o teulindo comentário, desta feita foste tu que me deixáste de lágrimas nos olhos.
És uma pessoa muito BONITA, reservada, vivendo no teu mundinho, mas especial sempre.
Bem Hajas
Amiga
Luisa
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