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A apatia apoderou-se dela há medida que o Domingo ia chegando ao fim.

Não havia motivos aparentes, também ela não se ia dar ao trabalho de rever o que poderia estar na origem do que sentia.

Adormeceu com a sensação de que o dia podia ter sido perfeito e só nã foi porque uma triteza inexplicável a invadiu.

Acordou sem vontade de saltar para o duche e arranjar-se como sempre para ir até ao emprego.

Não lhe apetecia conversar muito, reduziu as palavras para evitar diálogos, que não queria empreender.

Quando assim se sente, fica feliz nos seus silêncios, apaziguada por não se ouvir e só falar o que precisa.

As tarefas que a esperam e que sabia de antemão, não lhe agradam, entrou curvada pelo peso de uma semana que não queria, de um dia que não lhe apetecia, apenas porque se sente assim, entre o triste e o apática, sem uma razão deveras plausíval.

Quando ela não se entende, nem coragem tem de pedir que os outros o façam...